Confira perguntas e respostas sobre a vacinação contra a Covid-19
Assim como no começo da pandemia, o início da campanha de imunização contra a doença pode trazer muitas dúvidas à população
O Paraná iniciou na segunda-feira (18) a vacinação contra a Covid-19, assim que recebeu as doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Porém, como ainda não há imunizantes suficientes disponíveis no mercado mundial, a campanha completa de imunização será escalonada, priorizando os grupos que são mais suscetíveis à doença.
Assim como aconteceu no
início da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), muitas dúvidas surgem
nesse processo. As questões a seguir, respondidas com base no Plano Estadual de Vacinação, da Secretaria de Estado
da Saúde, e no Informe Técnico do Ministério da Saúde sobre a Campanha Nacional
de Vacinação Contra a Covid-19, trazem esclarecimentos sobre o calendário,
grupos prioritários, quem pode ou não tomar a vacina e outras questões
relacionadas à vacinação.
A vacina é gratuita?
Sim, ela é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo a ordem
dos grupos prioritários. Por isso é importante ficar atento e não cair em
golpes, pois não houve liberação de venda no Brasil.
Quem será vacinado primeiro?
Como ainda não há doses suficientes para atender toda a população que será
imunizada, a vacinação será feita de forma gradual. O Plano Estadual de
Vacinação definiu alguns critérios para os grupos prioritários, que incluem os
riscos de exposição à doença, de desenvolver formas graves, de
transmissibilidade e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Neste
primeiro momento, estão sendo vacinados os trabalhadores de saúde, os idosos
com 60 anos ou mais que vivem em asilos, casas de repouso e afins e seus
funcionários, os indígenas e pessoas com deficiência severa, alcançando 126 mil
pessoas.
Qual será a ordem de
vacinação contra a Covid-19?
Na sequência, estão previstos para serem vacinados, pela ordem: idosos de 80
anos ou mais; pessoas de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos; de 65 a 69 anos; de 60
a 64 anos; pessoas em situação de rua; trabalhadores das forças de segurança e
salvamento; pessoas com comorbidades; trabalhadores da educação e da
assistência social (Cras, Creas, casas/unidades de acolhimento); quilombolas,
povos e comunidades tradicionais ribeirinhas; caminhoneiros; trabalhadores do
transporte coletivo; trabalhadores do transporte aéreo; trabalhadores
portuários; população privada de liberdade; trabalhadores do sistema prisional;
demais grupos, com exceção daqueles não podem ser imunizados.
Qual é o calendário para
vacinar toda a população do Paraná?
Não há como a Secretaria de Estado da Saúde instituir um calendário, porque a
aquisição e o envio das doses de vacinas são de responsabilidade do Ministério
da Saúde. Porém, é importante ressaltar que, por enquanto, nem todo mundo será
imunizado. Além da disponibilidade dos imunizantes, os testes feitos até agora
não incluíram alguns grupos, como gestantes e menores de 18 anos, e por isso,
precauções ou contraindicações serão adotadas temporariamente, até que maiores
evidências sejam divulgadas. Além disso, certas condições também impedem a
vacinação de algumas pessoas. Como já é recomendado para outras vacinas, quem
tiver com febre moderada ou grave não deve ser imunizado, pois os sintomas
podem ser confundidos com possíveis efeitos colaterais. Pacientes
imunossuprimidos (aqueles que têm redução do seu sistema imunológico) também
não podem ser vacinados.
Sou idoso, quando vou tomar
a vacina?
Os idosos foram incluídos entre os grupos prioritários para receberem a vacina,
com uma divisão por faixa etária. Passando esta primeira etapa, o próximo grupo
que está na fila são as pessoas de 80 anos ou mais, seguidas pela faixa dos 75
aos 79 anos; de 70 a 74 anos; de 65 a 69 anos; de 60 a 64 anos. O cronograma
ainda não foi definido, mas a Secretaria de Estado da Saúde irá divulgá-las
assim que o Ministério da Saúde disponibilizar novas doses.
Quais vacinas serão
aplicadas no Paraná?
O Estado utilizará as vacinas aprovadas pela Anvisa e disponibilizadas pelo
Ministério da Saúde. Até agora, a agência autorizou o uso de dois imunizantes:
a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o
Instituto Butantan, e a vacina de Oxford/AstraZeneca, feita em convênio com a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para esta primeira etapa de vacinação, o
Ministério da Saúde encaminhou 6 milhões de doses da Coronavac aos estados,
sendo que o Paraná recebeu 265.600 doses, em frascos de monodose, ou seja, 5%
do total. Metade deste lote foi distribuída aos 399 municípios, que já
iniciaram a vacinação. A outra parte ficará armazenada no Centro de
Medicamentos do Paraná (Cemepar), para serem enviadas em três semanas, quando
será aplicada a segunda dose da vacina. Possivelmente, o Programa Nacional de
Imunizações (PNI) receberá 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.
Deste total, o Estado deve receber 5%, ou 100 mil doses, que serão aplicadas
seguindo os grupos prioritários.
Gestantes, lactantes ou
puérperas poderão tomar a vacina?
A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nesses grupos, mas
estudos em animais não demonstraram risco de malformações. Para as mulheres
pertencentes ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação
cautelosa dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada entre ela e o seu
médico prescritor. Para aquelas que forem vacinadas inadvertidamente, cabe ao
profissional tranquilizá-las sobre a baixa probabilidade de risco e encaminhar
para o acompanhamento pré-natal.
A vacina é recomendada para
crianças e adolescentes?
Os testes clínicos das duas vacinas aprovadas até agora pela Anvisa não
contemplaram menores de 18 anos. Por isso, enquanto não houver estudos mais
completos que incluam essa população, as crianças e adolescentes não estão no
público-alvo que será imunizado. Após os resultados dos estudos clínicos da
fase III, essas orientações podem ser revistas.
Faço uso de medicamentos
controlados, há alguma contraindicação para tomar a vacina?
A vacina somente é contraindicada às pessoas que têm hipersensibilidade ao
princípio ativo ou a qualquer um dos seus componentes, além daquelas que já
apresentaram uma reação alérgica intensa confirmada ao tomar uma dose anterior
de uma vacina contra a Covid-19.
Quem já teve Covid-19 pode
se vacinar?
Pode. Não há evidências, até o momento, de qualquer risco com a vacinação de
indivíduos com histórico anterior de infecção ou com anticorpo detectável para
SARS-COV-2. Além disso, como há casos de reinfecção e mesmo novas variantes do
vírus circulando, ainda não existem evidências de que quem pegou a doença já
esteja automaticamente imunizado.
Tenho sintomas de Covid-19,
posso me vacinar?
É melhor esperar. De acordo com o Ministério da Saúde, é improvável que a
vacinação de indivíduos infectados, em período de incubação, ou assintomáticos
tenha um efeito prejudicial sobre a doença. Porém, recomenda-se o adiamento da
vacinação nas pessoas com quadro sugestivo de infecção, para se evitar confusão
com outros diagnósticos diferenciais. Como a piora clínica pode ocorrer até
duas semanas após a infecção, a vacinação deve ser adiada até a recuperação
clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro
semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.
Todo mundo é obrigado a se
vacinar?
A vacinação é um pacto coletivo, que há décadas têm salvado milhões de pessoas
de serem contagiadas e morrerem por doenças virais. Isso significa que quanto
mais pessoas tomarem a vacina, menos o vírus circula no ambiente, evitando que
aquelas que por algum motivo não podem ser vacinadas sejam contaminadas. Por
isso, quanto mais pessoas se imunizarem, mais fácil será de conter a
disseminação do coronavírus. O PNI estabeleceu como meta vacinar ao menos 90%
da população alvo de cada grupo, uma vez que é de se esperar que uma pequena
parcela da população apresente contraindicações à vacinação.
Por que mesmo após tomar a
vacina ainda preciso usar máscara?
Mesmo com o início da imunização, ainda não é hora de relaxar com as medidas de
prevenção. Usar máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento social são
medidas eficientes e necessárias para evitar a disseminação do vírus. Além
disso, ainda faltam muitos meses para que todos sejam vacinados contra a
Covid-19, e mesmo quem já recebeu o imunizante ainda pode continuar sendo um
agente de transmissão da doença.
Quanto tempo após a
vacinação estarei imunizado?
Nos estudos realizados foi observado que após 14 dias da aplicação da segunda
dose da vacina há soro conversão para imunidade. Porém, há a necessidade de
conclusão de estudos técnicos sobre o tempo de imunidade por parte do
Ministério da Saúde.
A vacina tem efeitos
colaterais ou traz algum risco?
Tanto nos testes clínicos, como entre os primeiros vacinados, não foram
apresentadas ocorrências graves relacionadas à vacina. É importante lembrar que
os estudos foram analisados pela Anvisa e acompanhados por outras agências
mundiais de vigilância sanitária, que estão atentas a qualquer incidente. Em
uma situação emergencial como a atual pandemia, que já contaminou mais de 96
milhões e matou 2 milhões de pessoas em todo o mundo, as vacinas estão sendo
desenvolvidas de forma acelerada, usando novas tecnologias de produção. Além
disso, como elas serão administradas em milhões de indivíduos, é de se esperar
a ocorrência de notificações de eventos adversos pós-vacinação (EAPV). Essas
situações deverão ser notificadas compulsoriamente pelos profissionais da
saúde.
Como faço para agendar o meu
horário?
A responsabilidade pela estratégia de organização dos horários para aplicação
das doses do imunizante é dos municípios. O Paraná tem 1.850 salas de vacinação
distribuídas nas 399 cidades.
AEN
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