Duas novas exposições são abertas no Teatro de Cascavel
“Ásia: a mão do povo" e "Caminhos da Desmemória" são as opções culturais para o público de Cascavel e região

Uma revolução cultural se desenha em Cascavel com novas ações e políticas públicas voltadas ao setor que têm atraído o público aos espaços culturais da cidade. Desde a noite de ontem, duas novas exposições abriram no Teatro Municipal Sefrin Filho, sendo as novas opções para o público. Uma apresentação de taiko (tambor japonês) marcou a abertura da exposição. O prefeito Leonaldo Paranhos visitou as duas exposições na noite de ontem.
Em mais uma parceria com o Museu Oscar Niemeyer (MON), foi aberta a exposição “Ásia: a mão do povo”, com mais de 160 obras em exibição. A mostra é um recorte inédito da rica coleção de arte asiática que faz parte do acervo do MON. A exposição tem como curador Fausto Godoy e ficará à disposição do público na extensão do MON, no Teatro Sefrin Filho.
Outra exposição é da artista visual Karina Amadori, que tem o título provocante de “Caminhos da Desmemória”, e traz uma experiência única que mergulha nas profundezas da feminilidade, natureza e psicanálise.
O secretário de Comunicação e Cultura, Jefferson Lobo, destaca que são dois trabalhos importantes à disposição do público. Ele ressalta que o trabalho da artista Karina Amadori traduz a representação e expressão do povo paranaense através das araucárias. “Ela traduz através da natureza, a força da natureza, a força dessas árvores que formam um grande exército e a feminilidade, a sensibilidade e sutileza da mulher, porém, com muita força”, observa. “O Fausto, um embaixador que já correu o mundo, 40 anos servindo ao Brasil, em países asiáticos principalmente, e que nos traz uma coleção fantástica”, completa.
O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, que representou o governador Carlos Massa Ratinho Junior na abertura das exposições, lembrou que o Paraná tem descentralizado a cultura.
“Nós temos museus importantes, como o Museu Paranaense, o Museu de Arte Contemporânea, o próprio Museu Oscar Niemeyer, que é um emblema no estado, mas temos um grande acervo que precisa transitar para dar acesso a outras regiões e poder ter esse contato direto com tantas coleções”, diz.
Jader Alves, diretor Cultural do MON, destaca a parceria entre o Estado e o Município de Cascavel no setor cultural. Ele lembrou que o sucesso da exposição África, em parceria com o Museu Oscar Niemeyer, foi fundamental para trazer a nova mostra.
“A visitação da exposição África foi fenomenal, os números realmente são incríveis, o que nos motivou a continuar a parceria e fechar agora esse novo ciclo com a vinda da exposição asiática. Essa é apenas a segunda de várias que a gente pode planejar”, enfatiza.
Felipe Casagrande, coordenador da Câmara de Turismo do Codesc, destaca que o setor cultural é uma importante ferramenta que fomenta a economia.
“A cultura, assim como o turismo, tem uma ramificação muito grande, tanto um quanto outro, são interligados. Tudo o que tem a ver com o turismo respinga nos outros meios da economia, uma engrenagem que não tem como se dissociar uma da outra”, diz.
Fausto Godoy
Nascido em Bauru (SP), Fausto Godoy é bacharel em Direito, cursou doutorado em Direito Internacional Público na Universidade de Paris, cursou História da Arte na École du Louvre e possui diploma de Língua e Civilização Francesa pela Universidade de Paris-Sorbonne. Ingressou na carreira diplomática em 1976 e serviu nas embaixadas do Brasil em países da Europa, América do Sul, América do Norte e Ásia, onde iniciou a coleção de obras de arte que totalizam cerca de três mil peças e que foram doadas ao Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba.
“Morei durante 16 anos em 11 países da Ásia, então essa coleção é fruto dessa vivência e a razão dessa vivência é a obrigação que eu sinto diante de mim mesmo e perante a sociedade de trazer um pouquinho da Ásia para o Brasil para ilustrar um pouco à população brasileira sobre o continente que eu reputo mais importante do Século XXI”, explica.
Karina Amadori
Uma artista dedicada à sua visão singular, Karina Amadori, utiliza a seda natural do Paraná para criar obras que desencadeiam reflexões profundas, entrelaçando metáforas sobre mulheres e araucárias. Na exposição, os visitantes encontrarão 18 desenhos impressionantes de araucárias, cada um impresso em sublimação em peças de voal de seda, com 1,75 metros de altura.
“Essa exposição que está sendo trazida para Cascavel é individual, mas dialoga com a Exposição Ásia, que está no terceiro piso do teatro”, diz.
Assessoria
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