Troque medalhas por virtudes

É o vaidoso que se orgulha do cargo alto que conquistou, a barriga tanquinho, o alto salário. Perde-se virtude com este orgulho todo.
O vaidoso não olha para ninguém com amor, porque está ocupado lustrando suas medalhas. E, se for olhar com uma lupa, podemos encontrar medalhas de papelão.
Uma ou várias conquistas que nos dão alegrias é algo sensacional, mas devemos ter todo o cuidado para evitar o sentimento de superioridade.
De maneira alguma estamos acima da média da humanidade, pois, viveram nesta terra pessoas extremamente virtuosas. Algumas até flertando com o heroísmo.
Neste chão, pisaram pessoas que pela capacidade intelectual, iluminaram gerações inteiras.
Se olharmos com mais profundidade, até hoje dependemos do amor que essas pessoas tiveram e, em comparação com elas, somos muito pequenos.
E analisar e contemplar esta verdade, pode nos levar a dois caminhos:
A raiva e a ansiedade é o primeiro caminho perigoso a se tomar. E o segundo é o olhar correto ao próximo.
O primeiro leva a soberba e o segundo a humildade.
O óbvio é que o segundo nos leva a um nível de maturidade mais elevado e bem desenvolvido, além de nos levar a um sentimento ainda melhor, a felicidade.
Lustrar medalhas de papelão não lhe ajuda a se manter forte, pelo contrário, lhe enfraquece ainda mais. O desafio está em encontrar em nossas vidas os bens mais verdadeiros que devemos cuidar e, as vezes, nos orgulhar.
A conquista dos bens, de uma certa forma é relativa. Talvez você tenha mais dinheiro, força física, disposição que outras pessoas. Mas de nada adianta se vangloriar por isso, pois outras pessoas têm muitas outras coisas que não possuímos
Soma-se que uma outra quantidade de pessoas possui aquilo que temos.
Vendo a vida assim, onde está o nosso destaque? O costume de nos vermos como pessoas comuns, vulgares, com bens relativos, é necessário, pois a partir disto seremos capazes de construir uma vida mais consistente, tirando o rei da barriga.
Convido você a fazer um ótimo exercício neste momento. Investigue o seu coração com sinceridade e escreva quais são os motivos que fazem com que você se sinta superior aos outros, tente listar pelo menos três motivos.
Após isso, reflita se os motivos vão aproximar você das pessoas que você ama? Sim ou não?
Será que os motivos que você listou são frutos de desavenças familiares? Sim ou não?
Quem se beneficia dos motivos que você listou? Espiritualmente, seus motivos o deixam mais tranquilo? E, por fim, com que frequência você se acha melhor do que os outros?
Caso sua análise interna tenha permanecido na soberba, temos que baixar a sua bola. E o remédio para isto, não é tão amargo quanto parece.
Escreva se existe em sua vida algo que diga respeito ao amor verdadeiro? Seu casamento, sua família, sua vocação comunitária.
A partir daí, defina ações para fomentar este brilho verdadeiro. Algo concreto. Fazendo isto, você terá o ouro da virtude em seu peito, superior a qualquer medalha.
- Juliano Gazola é fundador da Bioliderança no Brasil, business executive coach e reprogramador biológico
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